Translate

quarta-feira, 5 de março de 2014

Memórias de um Druida


Capitulo 15

 

Muito tempo se passou. Toryg já havia atingido seu tamanho adulto. Owen estava muito bem treinado e já podia comunicar-se com os demais seres sem nem ao menos olhar para eles. Podia também ouvir os espíritos e estava mais forte do que nunca.

- Chegou a hora que eu mais temia. – disse o Ancião a Owen – A hora de deixa-lo ir. Você nasceu para um proposito garoto e chegou a hora de cumpri-lo. Sua missão é a mais difícil de todas e lhe garanto que ninguém gostaria de ter este destino.

- Fique calmo – disse Owen – fui muito bem treinado e estou preparado para enfrentar o que for preciso. Além disso, tenho a companhia de Toryg.

- E a minha! – ouviu-se uma voz vinda da floresta. Olharam para ver de que era aquela voz. Saindo da floresta estava Karion.

- Não vou deixar você ir sozinho. Vou junto nesta jornada.

- Acredito que seja de grande ajuda ter alguém tão sábio junto Owen – disse o Ancião.

- Tudo bem – concordou Owen – partimos amanhã de manhã. Vamos para o norte. Pelas informações que nos chegaram dos povos que vivem lá, o portal fica nas Cavernas de Tugyak, e de lá estão saindo os piores seres já vistos. Todos estão assustados e estão fugindo para outros lugares, pois lá já não é mais seguro.

- Tugyak fica muito longe – disse Karion – são sete dias de viagem pelo deserto de Pryat. Se quiser mesmo ir até lá devemos sair agora mesmo e levar o máximo de agua que conseguirmos carregar.

Owen pensou. Olhou para Toryg, que consentiu com a cabeça. Pegou sua mala, alguns cantis e saíram iriam encher os cantis na fonte dos Druidas e partiriam para a longa viagem.

....

 

As cavernas de Tugyak sempre foram um local sombrio, sobre as montanhas se mantinham nuvens densas e negras, por isso as cavernas sempre estavam nas sombras. Estas nuvens eram formadas devido aos gases e poeira que eram exalados do vulcão que ficava atrás das cavernas. Por não receber luz do sol, nada crescia em torno das cavernas, o solo era pobre e não existia vegetação viva, o que existia eram algumas arvores seca que, nas sombras causavam um aspecto sombrio e assustador. Os animais e seres que lá viviam acabaram se desenvolvendo ara enxergar na escuridão, e como a falta de alimento se tornou grande, os animais tornaram-se extremamente violentos o que fez as cavernas se tornarem o lugar mais perigoso já conhecido. O que poucos sabiam é que elas escondiam uma porta secreta. A porta para o submundo. Um portal aguardando o momento certo para se abrir, e com isso  libertar os demônios e seres que habitavam o submundo.

Mas para chegar às cavernas de Tugyak era preciso atravessar o deserto de Pryat, um vasto campo de areia e sal tão perigoso quanto às cavernas. Além da temperatura extrema, Pryat era o habitat dos animais mais venenos que se tinha conhecimento, e todos eles desenvolveram a habilidade de se camuflar em meio a areia.  Escorpiões-de-fogo, Serpentes Nimhiúil, o temível Escaravelho Feoiliteoir. Além disso, podia se encontrar o Dragão de Pryat, um temível lagarto alado capaz de consumir uma cidade inteira em questão de horas. Este dragão é conhecido por sua fome insaciável, e o calor extremo exalado de sua pele, capaz de transformar areia em vidro, criando uma das mais belas joias por onde passa. A Pegada de Pryat. Uma joia muito cara e muito comercializada como enfeite de casas. Acredita-se que ela afasta o azar.

Temos ainda os habitantes do deserto. Os Siwaugila. Seres humanoides dotados de uma pele seca, como a dos lagartos. São povos resistentes ao calor e que sobrevivem sem agua e sem alimento por muito tempo. São seres de, no máximo, 1 metro de altura, com a musculatura desenvolvida. São exímios corredores e sabem se camuflar muito bem. Sua pele possui uma tonalidade amarelada, quase a mesma cor da areia, e revestida de escamas nas costas e na cabeça. Possuem os dedos muito longos e são dotados de garras. Apesar desta aparência, possuem um alto conhecimento em fabricação de arma, em arquitetura e até um sistema de escrita. Sabem falar vários idiomas, inclusive o dos humanos, além disso, podem se comunicar com os demais repteis.

...

Owen e Karion estavam saindo da floresta, que estava cada vez mais aberta. Já podiam ver o deserto a sua frente e já conseguiam sentir a mudança de temperatura que teriam que enfrentar. Pararam e começaram a se preparar com as roupas para entrar no deserto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário