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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Memórias de um Druida




Capitulo 2
 

Aos 15 anos algo estranho começou a acontecer. Owen passou a ver coisas que não via antes. Mas vamos ao começo daquele dia.

Owen acorda no que seria mais uma manhã normal. Sai de sua cabana para faze sua refeição matinal, junto com os demais Druidas, no centro das cabanas, que ficavam no meio da floresta e eram construídas de tal maneira que formassem um circulo. Ao centro ficava o local das refeições e das demais celebrações realizadas entre os Druidas, ou seja, as celebrações que não contavam com os demais indivíduos do vilarejo.

Naquela manhã Owen já se sentiu um pouco diferente, o sol brilhava mais forte, a grama e as arvores exalavam um cheiro único e jamais sentido por ele antes, os pássaros cantavam de forma que era possível compreende-los com mais facilidade. O vento soprava levemente fazendo com que o assovio que produzia ao passar pelas arvores soasse como uma alegre canção. Ou redor da mesa de refeições encontravam-se todos os demais Druidas, Bardos e Ovates da aldeia deles. Não eram em muitos. Owen se aproximou, dirigiu-se ao seu lugar e sentou-se,  todos estavam sentados em troncos e a mesa era retangular, de pedra, com desenhos em baixo relevo entalhados com uma precisão cirúrgica quase que impossível para a época. A refeição matinal estava sobre a mesa. Frutas dos mais variados tipos, hidromel, produzido por eles mesmos, o mel mais puro que o ser humano pode encontrar. Pães produzidos com grãos especialmente colhidos e armazenados para todo inverno e adornados com especiarias finas e ervas.um caldeirão fumegava ao fogo com uma espécie de sopa que é difícil definir exatamente do que era feita, mas seu sabor e aroma eram incrivelmente saborosos. Após a oração e benção dos alimentos todos passaram a saborear este delicioso banquete matinal.

Owen estava sentindo-se feliz por fazer parte de uma grande e alegre família, mas ao mesmo tempo preocupado por estava se sentindo diferente. Após a refeição dirigiu-se ao Druida chefe, o Ancião. Tentou lhe explicar o que estava sentindo, mas até mesmo o Ancião ficou surpreso, pois jamais havia visto algo assim, mas mesmo assim sentiu que o garoto tinha algo de diferente, sentiu uma energia muito forte que dele emanava, uma energia sobre-humana, algo jamais sentido em ser nenhum. Algo fantasticamente incrível e assustador. Combinaram de conversarem mais tarde naquela mesma manhã. No horário combinado o Ancião convocou os Druidas mais experientes da aldeia para sondar o corpo de Owen. Aquele era um ritual muito antigo e que poucas vezes era praticado, pois envolvia uma grande quantidade de energia. O Ancião preparou o local, um altar com 3 velas, um galho de visco, um pentagrama feito de cipó, uma pedra, um cálice de agua pura e o caldeirão para o preparo da poção. Juntou os ingredientes necessários para poção, que Owen deveria tomar, uma casca do carvalho sagrado, uma gota de sangue do Ancião, dois cálices de agua, especiarias, folhas de visco, uma colher de mel e pó de chifre de alce. Feita a poção, o garoto bebeu a quantidade necessária e após 1 minuto caiu em sono profundo. Começou, então, o ritual, dos demais Druidas, de juntar as energias e revelar o que estava no corpo do menino. Este ritual consistia em focar as energias no corpo do garoto enquanto cânticos e mantras eram entoados na língua mãe dos Druidas. Quando em um movimento súbito Owen abriu os olhos. Mas seus olhos não eram mais normais. Possuíam uma profundidade anormal, emanava uma energia desumana seu olhar seria capaz de intimidar até o mais valente dos guerreiros. Foi quando o Ancião lhe perguntou:

-Quem é você?

E quando veio a resposta perceberam que a voz também não era mais a de Owen. Uma voz grave e profunda como se viesse de muito longe, respondeu:

- Sou aquele que todos esperavam. Aquele que o nome não é mais pronunciável. Aquele cujas escrituras sagradas referem-se como o protetor deste mundo. Sou conhecido como o Espirito Guardião.

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